Nos primeiro momentos foi um grande ritual de apresentação de cada povo representado, mostrando suas danças e cânticos tradicionais, logo depois teve o ritual com todos os povos juntos. Durante toda trajetória do encontro, foi divididas e em oficinas, sendo elas oficina dos jovens, das mulheres, dos pajés e dos gestores. Cada oficina tinha como objetivo relacionar os problemas enfrentados na sociedade, e como vem acontecendo isso, os problemas tinham que ser exposto durante a oficina para que todos pudessem encontrar uma solução onde esse problema pudesse ser resolvido, também durante o tempo disponível as equipes tinham que elaborar suas propostas para uma nova visão para com sua comunidade, essas propostas tinham que ser apresentada na grande plenária com todos os povos indígenas. Cada oficina apresentava seu trabalho da forma que achava que deveria ser apresentado, só com leituras das propostas, através de musicas e paródias, e também através de poemas, onde muitos poetas foram descobertos através deste encontro. Neste encontro notamos a participação de todos, que foram realmente para da seu recado e para da a sua colaboração buscando melhorias para sua comunidade. O objetivo do encontro foi justamente para que as etnias pudesse conhecer a realidade de cada povo, povos que moram tão perto um do outro, e as vezes não tem a oportunidade de se conhecerem. Durante os quatro dias que ficamos juntos, notamos as nossas realidades são praticamente as mesmas e que temos muitas coisas em comum, e que na verdade nos povos indígenas da Bahia e do Brasil lutamos pelo mesmo objetivo sendo ele o principal a demarcação e a reconquista do nosso território, que chamamos de mão terra, assim podemos viver com dignidade, com respeito, com uma educação e saúde diferenciada, cultivando e praticando nossas praticas e tradições.
Na oportunidade, os povos ali presente teve o prazer de conhecer a realidade do povo Tuxá, um povo que sofreu e ainda estar sofrendo, por causa da transposição do Rio São Francisco, com a implantação da barragem criada pela CHESF, e sabemos também que existem outros povos indígenas do norte da Bahia que também estar vivendo a mesma situação, e que devemos buscar uma caminho para que isso não aconteça, pois o nosso território já foi limitado, e ainda eles querem tomar o que nós restam. Imploramos por justiça, por respeito a uma nação que na verdade é dono de todo esse território brasileiro.

Por Edmar ( ITOHÃ PATAXÓ HÃHÃHÃE )
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