A água consumida e usada para beber, lavar, cozinhar e tomar banho é do rio Colônia que nasce em São Jose do Colônia no município de Itapetinga, passando por vários municípios e fazendas que soltam seus esgotos e dejetos no rio.

  1. Animal morto em estado de decomposição dentro do rio Colônia acima da Aldeia Bahetá.

    É sem nenhum tipo de tratamento que os indígenas consomem essa água que alem de poluída é bastante salgada. Mas a comunidade cansada de tanto sofrimento resolveu denunciar esse descaso ao Ministério Publico Federal, pois, só através da decisão da justiça é que a esperança de um dia os indígenas consumir uma água potável sem nenhuma interferência dos esgotos e animais mortos que se misturam nas águas de um rio tão importante só não para os habitantes do município de Itaju do Colônia, mas para os também ribeirinhos que habitam as margens do Colônia e dali são retirados seus alimentos.

    Vida cotidiana.

    Sabemos que a justiça demora, mas chega. E no dia de ontem (15) uma caravana de autoridades composta por um Procurador da Republica, o Doutor Eduardo El Hage, Antônio Mello, técnico do INEMA, Thiago Edson, Técnico do INEMA, André Nascimento, técnico da EMASA de Itabuna, Sheila Brasileiro da ANAI, Francisco Paes, Coordenador Regional da FUNAI, Jovanildo Vieira dos Santos, Chefe da CTL de Itororó, Wilson de Jesus, Chefe da CTL de Pau Brasil, Luiz Ferreira dos Santos, cacique da Aldeia Panelão e Ilsa Rodrigues cacica de Caramuru.
    A Justiça Federal por decisão enviou no dia de ontem o Procurador da Republica, os representantes do INEMA e o técnico da EMASA para averiguar sobre a situação da água do rio Colônia consumida pela Comunidade Indígena da Aldeia Bahetá segundo denuncia feita pela comunidade por suas representações da AIHAB – Associação Indígena da Aldeia Bahetá e o Chefe da CTL de Itororó – BA. Depois de uma reunião na Escola Municipal da Aldeia Bahetá onde foram expostas as várias situações sobre o problema da falta de água potável para o consumo humano das aldeias Bahetá e Caramuru, os mesmos seguiram para o rio Colônia a fins de coletar amostra d’água para analise do processo.

Animal sendo retirado do rio Colônia.

Essa matéria acima foi feita no dia 16 de setembro do corrente ano, mesma data em que um grupo de tecnicos do INEMA e da EMASA estiveram aqui na Aldeia Bahetá para colher uma amostra da água que os indigenas consomem para beber, cozinhar, lavar e tomar banho e nos dias de hoje os problemas só multiplicam, esperamos pela decisão da justiça que enviou o procurador da republica, o doutor Eduardo El Hage para ver de perto a real situação vivida pela comunidade local.
Foram encontrados no rio acima da aldeia animais mortos em estado de decomposição e nossos anciões e crianças bebendo dessa água que pra muitos não tem coragem nem de lavar as mãos, essa é a pura realidade de uma comunidade que sonha um dia ter uma vida normal, com dignidade e respeito, com a certeza de que água significa vida, ainda que ela seja poluída.